Peixe : nm Un peixe é um animal vertebrado inferior, vivendo noeau e equipado com barbatanas.
Afogar o peixe: criar um desvio; não responda, seja evasivo, não responda diretamente, mude
tópico ; não aja, use manobras dilatórias.
Beber / engolir o mar e os peixes: ver sempre com sede, diz-se de um bêbado que tem sede.
Não dê a mínima como peixe de maçã: indiferença, zombando de tudo e de todos.
Como um peixe na água: no seu elemento, onde gostamos de estar, à vontade, com facilidade
Repreender / tratar como peixe podre: insultar, repreender, oprimir com insultos violentos.
Ensinar peixes a nadar: dar conselhos supérfluos a um especialista.
Peixe Rogom: copo de conhaque, copo grande de conhaque.
Dormir com o peixe: afogar-se.
Ser feliz como um peixe na água: perfeitamente feliz.
Role os olhos de peixe frito: faça olhos lânguidos.
Ser (feliz) como um peixe na água: estar confortável, em
seu elemento.
Nade como um peixe: nade perfeitamente.
Ele beberia o mar e os peixes: ele tem uma sede insaciável.
Afogamento de peixes: obscurecimento deliberado de um caso, de forma a confundir o interlocutor (ver expressão a seguir).
O molho faz passar o peixe: são as qualidades secundárias que permitem adaptar-se à mediocridade geral de uma coisa, de uma situação.
Engula o peixe sem molho: o coito interrompido.
É na cabeça que apodrece o peixe, slogan que estigmatiza os intelectuais de uma sociedade.
Termine em uma cauda de peixe ou termine em uma cauda de peixe; comece bem e termine mal, termine mal, termine com tristeza, termine sem nada de interessante, algo de decepcionante ou uma conclusão satisfatória.
Dia da Mentira: pegadinha de abril, brincadeira que fazemos a alguém no dia 1º de abril.
Fishtail: motorista que faz um rabo de peixe para outro motorista: que repentinamente cai para trás na frente dele depois de ter passado por ele.
Não ser nem carne nem peixe: indeciso, indefinível.
Alimente os peixes: fique enjoado e vomite.
Troque os peixes aquáticos: urine, mije (homem).
Um grande peixe: uma figura proeminente.
Peixe grande: pessoa importante (muitas vezes criminosa), pessoa importante a ser presa.
Peixe assustador: cafetão de garotas.
Blowfish: dá pelas narinas, como fazem alguns fumantes, o que é sugado pela boca.
Coma o peixe com o molho: felação completa.
Cafetão, amante de uma garota pública, que vive às custas de uma mulher, uma prostituta, que é mantida por uma mulher.
ver igualmente Peixe (sinônimos de gíria).
Sem carne, sem peixe : Indefinível, indeterminado (para algo) - Indeciso ou difícil de definir (para alguém).
Muito tempo atrás, o jejum da Quaresma era escrupulosamente observado: apenas uma refeição de pão, verduras, frutas secas e água por dia. Então, alguns eruditos da Igreja permitiram um certo relaxamento que viu a introdução de peixes, ovos, laticínios e até vinho. Peixe era um grande assunto de discussão, alguns diziam que peixe era carne (é um animal, certo?), O outros diziam que não (numa época em que os estudos com animais não eram muito extensos, eles acreditavam que essas criaturas só se alimentavam de água). O povo reteve apenas o lado pitoresco dessas trocas nada agradáveis e cunhou nossa expressão para designar coisas cuja natureza não é bem definida, pessoas cuja opinião flutua, aqueles que têm um comportamento suspeito, indefinível e, mais geralmente, tudo indeterminado. Hoje em dia, também é usado regularmente em relação a políticos cuja opinião varia de acordo com a direção do vento ou o resultado das últimas pesquisas.
Esta expressão existe pelo menos desde o século XIX. Os pescadores usaram-no para descrever a manobra que consiste, uma vez fisgado o peixe, em fazê-lo sair e entrar alternadamente na água de modo a esgotá-la para que não oponha mais resistência.
É nesse modo de proceder com o adversário que nossa expressão ganhou sentido figurado, por volta de 1930. Inundar de palavras o interlocutor é também atordoá-lo, cansá-lo, fazê-lo cessar toda resistência verbal e, às vezes, até chegando ao ponto de enchê-lo de confusão e impedi-lo de retornar ao assunto principal do qual se desejava desviá-lo; o que explica os dois significados da expressão.
Mas antes tínhamos saudável como um peixe na água e Rey e Chantreau chegam a notar, no século XIII, uma Eu não estou tão confortável como o peixe que balança a cabeça (natação).
A expressão "(Para) gritar como peixe podre" : Atacar verbalmente (alguém) de forma muito violenta.
À primeira vista, há duas formas de entender esta expressão, que data do início do século XX:
– ou se trata de “gritar como peixe podre (pode gritar com alguém)”, o que parece bastante improvável, porque um peixe podre não está mais em condições de gritar com ninguém;
– ou é uma questão de "esmurrar como (alguém pode berrar) peixe podre", e aí será preciso me explicar a utilidade do ato e o efeito que pode ter gritar com um peixe nesse estado.
Em ambos os casos, portanto, a expressão parece extremamente bizarra.
Mas Alain Rey explica isso por uma provável deformação do fato de tratar alguém de peixe podre, um insulto que poderia ter nascido no meio dos arenques ou peixeiros tradicionalmente barulhentos.
Alain Rey indica que esta expressão data do final do século XVII, a partir de uma brincadeira com a palavra peixe que, desde o século XV, designava um cafetão, também chamado de cavala que passa a ser um peixe real cujo melhor período de pesca é por volta de abril.
A mais difundida das explicações, que são legião, diz que o rei Carlos IX, em 1564, decidiu que a passagem de ano seria doravante em 1º de janeiro em vez de 1º de abril, mas nenhum texto parece relatar que havia em algum lugar do reino um lugar onde o primeiro dia do ano era 1º de abril. O papa Gregório XIII então reformou o calendário juliano e estendeu a medida de Carlos IX a toda a cristandade.
Citação do escritor francês Louis-Ferdinand Destouches, conhecido como Céline (1894-1961): “Como? Como ? Seu bacalhau velho! Você vem até aqui para me agonizar! Ah! Poo velho! chupão velho! velho chlingue!... Saia daqui ou eu dou a volta por cima! Eu não vou te causar em seus gogs! Peixe ! Ralo abaixo! "Na novela A banda de Guignol. (1952).